terça-feira, 21 de agosto de 2012

Participação de mulheres na vida política das cidades da América Latina ainda é inferior a 30%, diz ONU

A participação das mulheres na vida política dos municípios da América Latina aumentou, mas ainda é aquém da meta de, pelo menos, um terço das mulheres na gestão pública. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) no relatório “Estado das Cidades da América Latina e Caribe”, divulgado pela ONU no Rio de Janeiro.

A presença feminina nas Câmaras Municipais aumentou apenas 8 pontos percentuais desde 1999. As mulheres vereadoras passaram de 14% naquele ano para 22%, em 2009, de acordo com o documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos.

Apenas a Costa Rica ultrapassou a meta de 30% da participação feminina na política. O país caribenho conta com a maior presença de mulheres: elas representam 43% do total de vereadores nas Câmaras Municipais.

O Peru segue com um terço da presença de vereadoras. Abaixo estão Nicarágua, Paraguai e República Dominicana, com 20% das vereadoras cada. O estudo não especificou os valores referentes ao Brasil.

Já o número de prefeitas mulheres ainda permanece muito baixo, com menos de 10% na região.

Países como Belize, no Caribe, Cuba e Venezuela são os que apresentam maior equidade de gênero, com cerca de 20% das prefeituras ocupadas por mulheres. O Brasil está na décima posição, com 8% de mulheres nos cargos de prefeitas nos municípios brasileiros.

A ONU destaca que as mulheres que alcançaram a Presidência e cargos de ministras já conquistaram um “espaço importante nas elites políticas para maior participação feminina”.

Segundo Erik Vittrup, representante principal de Assentamentos Humanos da ONU, o Brasil se destaca por ter eleito uma presidente mulher para governar o país.

“O Brasil é um dos países que está na vanguarda. No México, a discussão está apenas começando e, na Costa Rica, o país tem a legislação mais avançada na região sobre este tema da inclusão das mulheres na gestão pública”, afirmou.

Vittrup considera que para um país alcançar um nível de equidade de gênero na vida política, é preciso incluir cotas que garantam a participação das mulheres entre 25% e 30% dos cargos de uma instituição pública.

Fonte: uol.noticias